sábado, 1 de setembro de 2012

A Sorte, essa meretriz


Uma vez eu vi um filme bobo ai, comediazinha romântica que a moça falou que ela ficava no jardim procurando as joaninha e não achava, quando ela desistia ou dormia, aí uma pousava nela. A sorte as vezes é assim. No meu ultimo dia na Thailandia eu achei 50 dinheiros no chão. Tudo bem, não é muito, mas já dava para comprar um café. No aeroporto achei uma revista Elle inglesa, desse mês! Foi tanta emoção! Eu estava sonhando com a Vogue, mas a Elle achada já superou as expectativas. Eu tinha reservado um motorista para me levar de Nova Delhi até Rishikesh por ser o jeito mais rápido, mais seguro e não era nada caro. A outra opção era um daqueles ônibus que a gente vê em filme, com galinha e tudo. Até porque aqui na Ásia você faz 300 Km em umas sete horas. Eu ja fiz 400 Km em 18 horas. De carro, de ônibus demora mais e eu não estava animada desse tanto para já ter uma experiência completa assim logo nas primeiras horas, estar aqui já é o bastante. Enfim, era para o cara estar lá me esperando com uma plaquinha com o meu nome. Eu esperei um pouquinho, ele não chegava eu fui andar um pouco e quando eu vi eu tinha saído de dentro do aeroporto e o guarda gentilmente me disse que eu não podia voltar mais. Aí foi delicia! Para entrar de novo tem que pagar, mas não pode entrar com as malas. Toca andar até lá não sei onde para deixar as malas. E tinha que ficar com a minha mochilinha de mão porque onde deixa as malas não pode deixar câmera, tablet então deixei só as minhas duas malas, ok. Só que quando eu volto o moço falou que eu não podia entrar nem com a mochilinha, olha o impasse, não pode entrar nem guardar a mochila. Ou seja, na primeira meia hora que eu pus os pés no pais eu já me deparei com a famosa burocracia indiana, que faz qualquer ato aparentemente simples se transforme em uma missão. Mas deu tudo certo, tanto que eu não estou até agora em Delhi, morando no aeroporto. O carro não tinha retrovisor do lado do passageiro, que é bobagem. Nem o de dentro. Retrovisor é para os fracos! Para que ficar olhando para trás, para o que já se foi? Para frente é que se anda! E buzinando bastante que é para anunciar ao futuro que se está passando! O vidro da frente estava trincado, fora a a estrada e o transito, que não vou nem comentar. Me senti super segura. Eu tinha tentado me preparar para a Índia, li, conversei, me correspondi com as pessoas e sempre que durante esses dois meses viajando pela Ásia acontecia alguma coisa bizarra eu pensava, na Índia vai ser pior. Estou que nem o povo no Brasil, qualquer coisa que acontece as pessoas falam, "imagina na Copa?"
Mas nada, fotos, vídeos, livros, nada te prepara o suficiente para o que é aqui. Eu sabia que ia ser sujo, imundo mas mesmo assim a porquice é impressionante. É sujo nos mínimos detalhes, é minuciosamente sujo. Aqui é facinho de fazer dieta. Tirando o aeroporto, eu estava esperando algo do tipo rodoviária terminal parque Dom Pedro, mas era ok. Não adianta, não teve buraco que eu tenha ido que não me dê vergonha de Cumbica. Imagina na Copa?!

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