terça-feira, 31 de julho de 2012

Aí sim

Pronto, eu achando que Bali não era grande coisa não vou nem ficar falando muito, só vou dar a definição que uma alemã fofa que a gente conheceu no barco deu: era isso que eu pensava quando era pequena e ouvia a palavra "ilha". Estamos em Gili Trawangan e não dava para ser mais bonito. Estou quase superando a Tailândia. E agora vejam as fotos e pronto.

Para uma Terça tá bom né?

Estamos então nessa ilha linda , cheia de gente linda, tem mais loiro aqui que na Alemanha. Eu tinha pensado em voltar aqui com o meu namorado mas estou repensando a idéia porque é um tanto de mulher bonita que eu não sei se minha auto estima dá conta. Ontem eu resolvi dar ima caminhada, Carolina não quis ir, claro, e eu andei andei e andei até um ponto que eu comecei a me perguntar que tamanho era a ilha e se dava para andar inteira, ai chegou uma hora que não dava mais para andar pela praia e eu tive que ir pela estradinha ( que só passa charrete e bicicleta, aqui não tem moto muito menos carro), só que eu estava descalça e só de biquíni, afinal era uma caminhadinha e as coisas começaram a ficar mais habitadas. Nesses lugares por onde passamos geralmente tem gente muito bonita e estilosa, mas tem muito bicho - grilo que desencanou da vida e eles andam descalços, na rua com o maior calor e eu e a Carol sempre ficamos tirando sarro uma da outra, que é melhor a gente descobrir o que quer ser quando crescer senão vai ficar assim. Aí toca eu andando descalça eu pensei pronto, virei uma dessas. Graças à minha padroeira do brilho gloss que eu estava de biquíni de lurex!!! Imagina? Tradução para os eventuais bofes que leiam o meu blog: lurex é um tecido que brilha. Estamos nessa vida dura de acordar e ir para uma das praias mais lindas que eu já vi na vida... Depois temos que tomar duras decisões tipo o que vamos almoçar, se vamos mergulhar ou dar uma dormidinha, se eu tomo cerveja ou vinho branco gelado, qual sabor de sorvete provar, sei não viu...

domingo, 29 de julho de 2012

Pisei no despacho e saí cantando

Bali então. Estamos achando bem bonito e tal, mas parece não estar na época de ondas porque está um mar bem tranquilo. Bom, se eu fosse surfista e me abalasse até aqui e visse esse mar eu ia ficar puta. Tanto que tem gente dos 4 aos 60 se aventurando nas primeiras ondas. Mas por enquanto acho que Floripa não perde em nada de beleza para as praias daqui, amanhã vamos para umas ilhas chamadas Gili, vamos ver. A Indonésia é a maior nação muçulmana do mundo sem um governo islâmico, mas eles são bem relax e têm uma herança budista e hindu muito forte ainda num sincretismo maluco. Dá para ter uma base no fato de a noite eles espalharem várias oferendas pela rua, ainda não descobri para quem, fotos abaixo. O problema é que as ruas quase não têm calçadas direito e eu já pisei em umas várias dessas macumbinhas. Aí eu decidi que chutar o despacho dá sorte, mas tem que ser sem querer e aqui em Bali. Toda vez que eu esbarro em um eu fico pensando nas coisas boas que vai me trazer: saúde, sorte, mais amor ainda, paz, dinheiro e wifi. Eu e a Carol amamos wifi. A gente fica sonhando com o dia que wifi vai ser igual a eletricidade, eu acho um desaforo colocarem senha na conexão, pessoas sem noção de inclusão digital!

sábado, 28 de julho de 2012

Pós - Guerra

Nosso último dia no Camboja foi bem corrido. A gente só tinha um dia em Phnom Phen, a capital e nosso ônibus noturno era um desastre (ah, vá!?!) Incrível a estrada que liga as duas maiores cidades do país, tinha muitas partes sem asfalto, acostamento então é uma coisa que nunca passou pela cabecinha deles. E fora que a saída do ar condicionado era bem em cima de mim e começou a vazar água, tinha uma mini cachoeira na minha cabeça, ou seja: nada de dormir e um monte de lugares para conhecermos num calor de fritar os miolos. Detalhe que para ir no palácio real tem que usar roupas "decentes". Nada de regata nem roupa acima do joelho, ótimo, ai que raiva. Dei uma de chinesa, peguei a sombrinha de bolinhas da Carol e saímos bem belas para passear. Agora por que chinesa? É fácil reconhecer quem eh quem: os chineses vão estar comendo alguma coisa, 24/7; as meninas vão estar de chapéu E sombrinha, mesmo na sombra; eles vão te empurrar ou passar na sua frente e provavelmente fazendo tudo isso e escarrando junto. Os coreanos, se forem meninos vão estar com a calça justa dobradinha na ponta e camisa, são super estilosos ao ponto de parecerem gays, então é fácil reconhecer. Os japoneses são super educados e tiram fotos o tempo todo. Não é preconceito não, minha gente. Quando a gente tem dificuldade de saber de onde esse ou aquele oriental é, a gente pergunta. Geralmente é de algum lugar do qual temos pouco conhecimento, tipo Filipinas. Qualquer lingua européia é fácil, senão é espanhol e quando não sabemos chutamos que é russo ou da grande ex - União Soviética que não tem erro.
Agora estamos na Indonésia e vou fazer um outro post para parecer que eu não fiquei vários dias sem escrever e nem para cansar a cabecinha de ninguém.
As fotinhos abaixo são: Carol fazendo pedicura com peixes, coisa bizarra; eu no meu passeio de bike por caminhos menos turísticos onde vi um pouco mais do cotidiano dos cambojanos.

terça-feira, 24 de julho de 2012

Camboja e o Fim do Espírito Aventureiro

Saigon, Vietnã - Siem Riep, Camboja
477 km, DEZOITO HORAS

Essa viagenzinha quente, úmida, trocando de ônibus duas vezes e esperando em "rodoviárias" buracos (aqui um balcão com uns bancos, eles tacam um monte de gente com mochila e chamam de bus station) eu perdi o meu humor. Eu tentava ficar lembrando do meu pai falando que essa viagem ia ser única e que era para eu aproveitar e não ficar irritada mas não funcionou. Bem, depois dessa viagem bizarra o
Camboja conseguiu compensar pela beleza dos templos que fomos. Um deles ficou famoso por causa do filme Tomb Raider, ou pela Angelina Jolie (a escolher), o Ankor Wat. Na verdade são vários templos, um mais bonito que o outro. Fomos em uma pequena excursão com algumas senhoras australianas fofas, uma foi com uma amiga sozinha viajar e deixou o marido e filhos em casa e a outra foi ver a filha que estava morando no Camboja. Elas me lembraram tanto a minha mãe, já estou num Big Brother mode, nem faz um mês que saí de casa e já to aqui me rasgando. No final do dia caiu uma chuva torrencial e eu achei que o nosso guia era de açúcar, ele que mora num país tropical que está no momento na estação das monções, ficou mais desesperado que todo mundo. Ele ficou putinho pois a gente se empolgou com um templo e se perdeu, eu, Carol e as três senhoras. Pelo menos ele não pediu gorjeta depois. As coisas aqui são todas cotadas em dólares, eles desencanaram da moeda deles o Riel. Cada Real dá uns 2000 Riel. Amanha vou tentar encarar um passeio de bicicleta de 30km, Carolina já desistiu. A noite vamos pegar um ônibus noturno até Pnom Penh, capital do Camboja. Disseram que são só seis horas, a pessoa não aprende e é persistente, não adianta.

domingo, 22 de julho de 2012

Ms. Saigon

Miss Saygon

Terminamos nossa passagem pelo Vietnã em Ho Chi Minh City, ou Saigon para os íntimos, a caminho de Seam Reap, Camboja. Aqui o transito é ainda mais louco que em Hanói e ficamos em um lugar bem estranho mas que deu para ver como os vietnamitas vivem um pouco mais de perto. A gente estava no caminho tentando entender porque o nosso hostel e várias outras coisas que pesquisamos tinha um número duplo, tipo 185/30. Aí chegamos na altura do número do lugar e... Era um beco! Então número principal é o lugar na rua que o beco ocupa e o outro é dentro do beco. E dentro do beco não existe vida privada. Onde de dia é um "restaurante" (super em aspas e com parênteses, pois umas cadeirinhas no chão aqui é restaurante) de noite é a casa da pessoa e a porta fica aberta para a rua. É difícil explicar, fizemos um vídeo ilustrativo a seguir. Também filmamos o trânsito porque é difícil acreditar falando. Tudo que eu passo de difícil, cada rato que eu vejo na rua ou quando sou quase atropelada por uma motinho na contra mão eu penso que na Índia vai ser anda pior e que eu ainda vou rir de tudo isso. Hoje andamos para caramba, fomos no museu da guerra ver as atrocidades que os seres humanos são capazes e conhecemos uma brasileira lá. Eu me dei conta que não vimos muitos brasileiros e ela mesma comentou que também não via muitos, acho que por isso que eu entendo que quando eu falei que ia viajar para a Ásia, principalmente para a Índia as pessoas ficam mencionando Comer, Rezar e Amar o tempo todo. Eu geralmente não leio best sellers, por implicância mesmo, mas li esse livro e gostei muito mesmo, até li outro livro dela. Acho que ela escreve bem e recomendo, mas a gente vê um monte de gente aqui viajando por meses, para diversos lugares, morando em alguns desses lugas e quando comentamos nosso itinerário ninguém acha que somos a Liz Gilbert wanna be, é só normal. Ok, nenhum deles ainda escreveu um livro e vendeu aos milhares pelo mundo todo e virou filme com a Julia Roberts, mas um ano viajando por três países não é nada do outro mundo e que várias pessoas não tenham feito antes ou estão fazendo agora. Só para dar um exemplo conhecemos um australiano que estava trabalhando no Vietnã, indo para o Camboja para fazer comprinhas e depois para a Turquia pois já tinha um trabalho arrumado lá. Isso antes de ir para a Europa fazer o mestrado em Meteorologia dele, nada que tenha chocado que.m ouviu a história dele.
Também que eu não estou procurando amor nem iluminação. Tenho um namorado que eu adoro no Brasil e não acho que eu vá ficar menos irritada ou consumista nem nenhum dos meus defeitos vai ser deixado para trás por ter passado um tempo em lugar nenhum. Se eu mudo, e todo mundo felizmente muda, ou pelo menos deveria tentar, não é por causa do lugar. Eu estou adorando quase cada momento dessa viagem e estou aprendendo muito, vendo muita coisa e muitas vezes quase não acreditando no que vejo e essa é a viagem.

sexta-feira, 20 de julho de 2012

Uncle Ho

Hoje estamos saindo de Hanói, capital do Vietnã, e estamos indo para Ho Chi Minh, que nada mais é do que Saigon que o egocêntrico governante resolveu dar o nominho dele. Ho Chi Minh está para o Vietnã assim como o Mao está para a China. Tem foto dele em tudo que é lugar, tudo tem o nome dele e ele estampa até cartões postais de gosto duvidoso (tudo bem que eu mandei um...)
Ontem fomos no teatro de bonecos na água, lindo! Depois fomos tomar a nossa já consagrada cervejinha e resolvemos conhecer todos os bares que estavam ao nosso alcance. Nisso acabou nosso dinheiro. É, de novo, pois a gente fica poucos dias em cada lugar então não dá para ficar com esses dinheiros bizarros sobrando. Eu já mencionei antes e dei exemplos que a Carol é uma bicha rabuda de sortuda mas ontem foi o cúmulo: estava faltando cinco mil dinheiros para comprar a última cerveja, o equivalente a cinqüenta centavos de real e eu estava inconformada que eu não ia tomar a saideira por tão pouco, a Carol me vira e fala, ai... hoje era um bom dia para achar dinheiro no chão. Daí a bicha me dá três passos olhando para o chão e volta com o que na mão? Cinco mil dinheiros!!!! Tipo, caixa eletrônico do Universo? Nos dobramos de rir e tomamos a cerveja mais merecida da história.

quinta-feira, 19 de julho de 2012

Gooood Moooorning Vietnaaaaan

Saímos de Phuket na Thailandia e já no check in a mocinha falou que precisaríamos de uma autorização para quando chegássemos no Vietnã. Ainda bem que nosso vôo parava em Bangkok por 3 horas e esse era o tempo que íamos ter para tentar consertar a cagada de não ter visto isso antes. Aí começou a corrida contra o tempo: Conta as moedas, acabou o nosso dinheiro, tira mais, ai tem taxa que saco, compra cartão de ligação internacional carésimo, liga na embaixada do Vietnã, vai na internet cara do aeroporto, manda email, espera. Chega resposta, paga uma taxa, espera. Carol vai tirar foto que precisa para quando chega na alfândega, acaba o dinheiro de novo, vai trocar dólar, liga de novo na embaixada, chega o email faltando meia hora para o vôo sair, check in fechado, a moça deu um jeito, sai as duas correndo pelo enorme aeroporto de Bangkok e pegamos o vôo, ufa! Não tente reproduzir isso em casa muito menos sem a supervisão de um adulto responsável, dá muito trabalho e a emoção não compensa.
Mas por enquanto estamos tendo uma boa impressão de Hanói, a capital. Apesar de o trânsito parecer uma dança perigosa de muitas motocicletas, bicicletas, contra - mão por todo lado e o milagre de conseguir atravessar a rua vivas. Aqui também como há muitos monges estritamente vegetarianos, tem muita comida sem carne e restaurantes vegetarianos por toda parte.

quarta-feira, 18 de julho de 2012

Bye Thai

Último dia na Thailandia e eu só consigo pensar em como vou arrumar um jeito de voltar. Fechamos em grande estilo com praias lindas e massagem thailandesa.
Eu sempre ouvi falar da alta quantidade de prostitutas aqui mas foi só agora em Phuket que isso ficou evidente. Até então, até mesmo em Bangkok eu não tinha visto nada demais. Mas o legal é a naturalidade que o transexualismo aparentemente é tratado. Assim que você chega no porto uma traveca é quem dá as instruções sobre cuidados e preços. No nosso barco também o organizador da viagem, o tio do passeio, apresentou a si mesmo como Susan. Ambos engraçadésimos e não via sinal de desrespeito. Nossa última noite foi um jantar Thai e mais uma última massagem típica delícia nos pés.

terça-feira, 17 de julho de 2012

Festa na floresta

Depois de passar a noite no ônibus chegamos em Ko Phangan. Linda de doer, fomos quase direto para a praia porque estava escaldantemente quente. Sabe esses lugares que as pessoas usam de argumento para a existência de deus? Essa ilha é assim Nunca vi tantos tons de azul na água. Como alugar scooters ali é que nem fazer tererê na Bahia, resolvemos entrar na onda e fomos até o sul da ilha, que tem mais agito. Essa ilha é onde acontece a Full Moon Party, mas como festa bombada uma vez por mês só é pouco inventaram a Half Moon Party. Não pegamos nenhuma das duas e nos contentamos em ir num bar super famoso em toda Tailândia, o Same Same. Esse nome vem bem a calhar pois os nativos dizem isso o tempo todo. Tipo: mas moço era para pôr outro tipo de gasolina na motinho, Same same, ele diz. Como assim o ônibus que a gente pagou para sair as 3 só vai sair as cinco e meia? Same Same, dá na mesma você que largue mão de ser ocidental chata. Enfim, nesse dito bar conhecemos um grupo de jovens de tudo que é nacionalidade e dois deles queriam muito ir à uma festa Jungle Party ou coisa do tipo. Nós como boas duas vovós que tinham dormido num ônibus por poucas horas, não sei que espírito viajante baixou que topamos ir de motinho seguindo o "táxi" deles (colocar pessoas na caçamba de uma caminhonete com um toldinho aqui é táxi). Não tinha a festa na floresta, só tinha festa num barco. Ancorado, que fique claro, porque imagina a gente indo numa festa sem floresta no barco flutuante sem poder voltar na hora que eu quisesse? Tanto que saímos bem à francesa e tivemos mais a emoção de tomar uma chuva torrencial tropical repentina numa moto adicionada em nossos currículos.
No dia seguinte passamos o dia viajando para chegar em Phuket, uma das maiores ilhas da Tailândia e de onde saem a maioria dos barcos para Ko Phi Phi, que todo mundo conhece por ter sido filmado o filme A Praia. E é de onde sai nosso vôo para Hanói, Vietnã, próximo destino. Então tinha que chegar lá e tinha que ser no dia 16. MAS (tem sempre um mas né) o que todo viajante independente e inteligente como a gente gosta de fazer é viajar de noite, que poupa tempo e $$ da noite num hotel. Só que quem disse que se sai dessa ilha à tardinha e muito menos que tinha ônibus noturno? Para o meu desespero passamos o dia viajando sem parar para comer e quase sem ir ao banheiro. A Carol sempre diz que me baixa o Erê do Magreb Esfomeado ou o Encosto da Véia Mijadeira porque sempre me dá uns acessos incontroláveis. Ainda bem que a minha parceira de viagem é a melhor companhia que alguém pode ter para viajar e além de muita paciência e sabedoria tem muito bom humor então mesmo depois de cinco horas chacoalhando num busão caindo aos pedaços, tendo testemunhado o barraco que eu dei com o cara da companhia de ônibus que fez a gente esperar duas horas e meia a mais a bicha ainda ri comigo como se nada houvera.

Mercado flutuante

Hoje pela primeira vez pegamos um tour com uma agência, não teve jeito. Há um mercado que fica no Rio Chao Phraya, que como todo rio sagrado é bem sujo e o povo faz de tudo nele, desde lavar a louça, lavar-se, usar para transporte e, é claro, jogar lixo. Como tradicionalmente era a "estrada" deles, as pessoas iam lá ver como os Thailandeses viviam e acabou por se tornar um ponto super turístico. Dá mesmo para sentir o tanto que o rio e a vida ribeira faz parte da vida dessas pessoas, pois eles tem estratégias super interessantes, pegam dinheiro e te dão os produtos com umas cestinhas na ponta de um longo bastão, tem umas cestas num varal na qual passam coisas de uma casa de um lado do rio para a casa na frente do outro lado. Além da coisa que eu achei mais criativa que são uns ganchos cumpridos que eles puxam o barco que você está para verem a lojinha deles na beirada. Como a gente já estava na chuva mesmo, resolvemos vestir a camisa de turistas e fomos passear de elefante! Eu não estava botando muita fé mas enfim foi muito legal. No meio do passeio o nosso motorista de elefante tentou vender uns pingentes feito de marfim! Eu que sou meio ecochatinha fiquei chocada. Eu nem acho que eles matam os elefantes deles por tão pouco, mas não dá para icentivar. Como não compramos nada ele pediu uma gorgetinha boa, porque ele é pai de família e bla bla. Agora é pegar um ônibus, depois um ferryboat para chegar em Koh Phangan, uma das muitas ilhas paradisíacas daqui.

sexta-feira, 13 de julho de 2012

Vale o quanto pesa

Eu mal cheguei na Tailândia e estou gostando tanto que juro que vou comprar uma daquelas camisetas "I (coração) Thailand" e usar sem medo de ser feliz. Depois de uma trapalhada (nós não notamos que o vôo da China até Bangkok fazia uma paradinha de ONZE HORAS no aeroporto de uma cidade x na China), depois de dormir no banco, de chegar e nosso quarto não estar pronto, de andar um monte e se perder no calorão a gente chegou, enfim, no lindo templo do famoso Buda de esmeralda (que na verdade é de jade, mas não falem por ai porque os thailandeses não gostam que esse fato seja mencionado) e não podia entrar de regata. Aí pensa a pessoa toda suja tendo que colocar uma malha. Eu pingava de calor, mas o lugar é lindo. Eu acho que todo o calor, a falta de dormir, não tomar muita água, me deu o que? Piriri, eeee... O primeiro da viagem, espero que não de muitos. Bem vinda à Ásia!!! E não é que a gente, inesperadamente, gostou tanto que acabamos por ficar mais um dia?Também porque não tinha mais trem. E também porque uma das coisas que a gente mais queria fazer era ir ao mercado flutuante e tem que sair as 7 da manha e não tínhamos conseguido ir então Bangkok por mais uma noite. Ainda bem que estamos adorando. Por que amamos a Tailandia?Tem muito gringo então todo mundo fala inglês. Mesmo se não falam, eles são tão, mas tão simpáticos que ficam tentando entender ou morrem de rir, então pelo menos você se diverte rindo junto. Eles gostam de gelado no que tem que ser gelado: cerveja, gelo nos sucos e chás, ar condicionado em tudo que é lugar e eles têm uns sucos batidos com gelo (smoothies) feitos na hora de frutas frescas. E frutas delicinha, lichias, abacaxi mais doce do que na Bahia, coco. Os banheiros são com um vaso sanitário e são limpos. Tá vendo como depois de uma semana de China a pessoa fica feliz com pouco?Por último são as massagens. Sao incríveis, baratas, cheirosas, relaxantes. Eu fiz uma facial e uma típica thailandesa que a senhora te puxa, alonga, estrala, aperta e no final você quer pedir ela em casamento porque as thailandesas são fofas. Super entendo os gringos que vem para cá, importam as meninas para a gringolandia e se casam com elas. E elas são peruas! Tem lugar de fazer cabelo, lojas de cosméticos e manicures para unhas de todo jeito e estão por todos os lugares. E muito ouro, muito dourado! E repito porque acho que não mencionei o suficiente: é tudo baratésimo e de boa qualidade nos serviços. Prata é super barata! Ai meu deus, quem me conhece sabe que eu surto por compras, mas não cabe nem mais pensamento não minha pequena mochila, minha mãe Menininha do Brilho Gloss! Dai-me forças para durar mais um mês sem cair não tentação de comprar uma mala de rodinha e encher de coisas lindas, pintar as unhas de vermelho e passar um dia num spa fazendo mil massagens e deixar de conhecer os lugares turísticos. Quem precisa ver outro Buda de ouro? Mentira, estou sendo contida e comportada. Amanhã mercado flutuante e ônibus + ferryboat para Koh Phandang, que chato...

terça-feira, 10 de julho de 2012

Ficando Confucio

Eu vim para a China com alguns mitos, a gente sempre vem com ideas pré-concebidas na cabeça, não tem jeito. Essa história de que eles comem cachorro por exemplo, eu não vi. Na verdade eles gostam bastante dos bichinhos e um monte de gente passeia com os cachorros ou tem gatinhos, normal. Porém, fomos a um supermercado, que o super também é cultura, e naquela parte que tipicamente ficam os peixes sob um monte de gelo, tinha uma tartaruga para vender! Junto com com os peixes e frutos do mar! Ai minha Nossa Senhora do Projeto Tamar... Hoje também vi umas peles de algum animal que não consegui identificar, estou colocando uma fotinho, quem souber fale. Aliás nao quero nem saber.
Bom, hoje fomos ver os bichos de barro debaixo de um calor extenuante andando umas distâncias absurdas mas foi muito legal. É tudo muito impressionante, quando você vê uma sociedade tão organizada 200 a.C. Eu, particularmente questiono cada vez mais a minha própria existência nessas situações, o quanto somos insignificantes, pois até o maluco que encanou de construir 8 mil soldados de terra, matar um tanto de gente que os moldaram para manterem secreto porque se achava importantão e ia voltar (!) virou quase nada, eu fui lá e nem sei o nome dele... Bom mesmo se soubesse eu nao ia saber pronunciar então ok.
Estou hoje especialmente feliz por saber da notícia do mais novo canceriano que chegou ao mundo e que eu e muita gente já amamos muito.

segunda-feira, 9 de julho de 2012

Tecnofobia do Mao

Na China o Facebook é bloqueado. A Carol tem um esquema aí para usar, mas não é uma coisa super simples, tem vários caminhos e tal. YouTube, Picasa, tudo é complicadinho.
Tudo isso para dizer que eu queria muito colocar minhas fotos em algum lugar, para quem quisesse ver. Alguém tem alguma idéia? Ja tentei Flickr, Google+, eu nao sei como o Icloud funciona... Tanta tecnologia e eu remando uma canoazinha nesse oceano.
Aqui tem esse contraste de um povo que se modernizou super rápido e continua antigo, investiu em educação formal e continua com hábitos de uma falta de educação medieval para um monte de coisas. Eles são comportados mas são mal educados. No trânsito pedestre não tem vez, mas tem metros e ônibus bons e baratos. Na arquitetura tem um monte de prédio enorme moderno e lindo ao lado de uns lugares antiquérrimos, mas igualmente grandes e muitas vezes mais bonitos. Aqui em Xian tem bem esses dois mundos, é uma cidade cercada por um muro. Chegando fomos andar pela cidade, tem muita arte em papel de arroz e esculturas em pedra sabão e jade, assim como várias lojinhas que vendem os instrumentos para se fazer as tais pinturas. São uns pincéis grossos, nanquim de tudo que é tipo e vários outros materiais. É preciso uma paciência milenar mesmo para fazer essas artes tão minuciosas. Eu estou procurando loucamente uma daquelas sombrinhas lindas feitas desse papel que eu não comprei em Beijing e estou morrendo de arrependimento. Não que eu fosse ficar carregando pela Ásia, eu queria mandar pelo correio. Meu método de arrumar malas é super pratico: eu vou colocando coisas até encher. E eu trouxe uma mochila só, para quem quer ficar vários meses viajando é meio que se forçar a não comprar nada nada. Esqueçam os presentes, pessoal, se for maior que alguns centímetros simplesmente nao vai rolar.

domingo, 8 de julho de 2012

Xian, a terra dos homens de barro

No momento eu me encontro no trem, louca de vontade de fazer xixi mas sem coragem de ir porque o trem apesar de ser bem limpo e confortável, o banheiro é uma tristeza. Se fosse só por ser um buraco no chão mas não, fede que parece que eles "limparam" as paredes com o próprio xixi. Eu sempre me perguntei se achar cheiros bons ou ruins era uma coisa cultural, afinal, antigamente ate mesmo os nobres usavam penicos e os banheiros ficavam próximos a cozinha numa boa. Tentei achar alguma referencia na wikipedia http://en.wikipedia.org/wiki/Toilet#Ancient_civilizations
e tem alguns dados interessantes, mas nada que justificasse esse fedor todo.
Nós pegamos um trem noturno de Beijing até Xian, que é onde estão os soldados de terracota, doravante chamados de bichos de barro por mim. Parece que tem pandas também, mas a Carol falou que muito provavelmente eu não vou poder abraça-los, então qual é o ponto?
Antes de ontem, no sábado, tínhamos ido ao Palácio de Verão e andamos um monte, pois obviamente o lugar é sem fim de grande, como quase tudo aqui. Aparentemente a gente entrou sem pagar, simplesmente passamos por uma guarita que tinha dois guardinhas que não falaram nada. Foi sem querer mesmo, na Cidade Proibida por exemplo, você passa por mil portões antes de chegar onde de fato tem que pagar o ticket, então poupamos 60 dinheiros. A Carol é uma bicha sortuda, recebe troco a mais até da maquininha de passagens do metro. Outro dia, por exemplo, a gente estava numa loja de DVDs (porque a bicha obcecou de ver A Múmia 3, que mostra os bichos de barro) ela não me acha 100 dinheiros no chão?!! Aí a gente resolveu que ia dar uns 10 dinheiros para algum necessitado mas não achamos nenhum naquela noite. Não tem muitos mendigos e a maioria das pessoas pedindo dinheiro são mutilados ou artistas de rua. Aqui as coisas são baratas para a gente, um real é o mesmo que 3 dinheiros (Yuen ou RMB. Tem tanto nome que eu decidi chamar de dinheiros mesmo e pronto) e para se ter uma idéia uma cerveja é uns 15, metro é dois, nosso hostel uns 200 dinheiros para nós duas, sem café da manhã, por dia. Para quem está acompanhando os post estão ficando com o fundo branco porque eu copiei e colei e não consigo mudar por nada nesse mundo.

Vou tentar colocar um vídeo nosso
http://www.youtube.com/watch?v=UolbYz0571c&feature=share

sexta-feira, 6 de julho de 2012

Mercado da Seda ou Como Afugentar seu Comprador Gringo


05 de julho: Ontem ficamos boa parte do dia por conta de comprar passagens, planejar o resto da viagem e isso deu muito trabalho. O plano inicial era ir ao Palácio de Verão, que o imperador era phyno e tinha uma casinha de uns 10 hectares para cada estação, mas acabou ficando tarde e fomos no Silk Market, que já foi originalmente onde se vendia seda mesmo, daí virou um amontoado de gente vendendo coisa de fazer a 25 de Março corar de modéstia e o governo decidiu organizar a bagunça em um predião com vários estandes um ao lado do outro por onde, se você tiver carinha de não oriental, vai ouvindo gritos desesperados no caminho. Eu acho que é o tal método coercitivo, tentam te convencer pelo medo. Porque vamos combinar, você vai lá e pergunta um precinho inocentemente e se você só estava curioso a mulherzinha vai atrás de você gritando: quanto você quer pagar? Eu quero vender isso para você!! Medinho...
Depois de toda essa imersão cultural no maravilhoso mundo dos negócios chineses resolvemos que era o suficiente por aquele dia e fomos a um pub com ar condicionado, wifi super rápido e cerveja gelada. Eu tive que convencer a Carol que não, não dava para ela morar lá que o chão não era lá muito limpo.
E por falar em sujeira, estava uma chuva torrencial na hora que saímos e eu queria me giletar por não estar com os meus tênis prateados lindos que eu gastei um tubo de spray impermeabilizante justamente para situações assim. É a vida.
04 Julho: Como eu não escrevi antes de ontem, vai aí um resuminho: fomos na Cidade Proibida, que era onde moravam os imperadores e agora tem uma foto do Mao Tse Tung na frente. Geral adora o Mao, tem imã de geladeira, trequinho pendurado no carro com foto dele, capa de caderno... E como tinha muitos chineses e poucos gringos um carinha achou super legal sacar o celular cor de rosa e enfiar nas nossas caras loiras para tirar uma fotinho.
Os chineses, dessa civilização tão antiga não são apegados a amenidades, como filas, por exemplo.Eles vão passando, vão entrando e você que saia do metrô ao mesmo tempo que eu quero entrar e boa. Depois dessa canseira fomos sentar em um dos bares em volta de um lago. Como se vê, a Carol é minha parceira de curar a canseira com cerveja e isso tem funcionado muito bem.

06 Julho (hoje). É eu sei que está fora de ordem, mas ser anacrônico é super muderrno. Hoje fomos nas Muralhas e é super bonito e tal, mas isso vocês podem ver nas fotos de um google qualquer. Legal são as historias e é por isso que estamos aqui. A gente decidiu que ir de excursão era chato e caro (tipo uns 45 reais a mais, oh meu deus!) e fomos seguindo o guia. Sentamos no ônibus e estávamos super em dúvida em onde descer porque obviamente tinha umas 3 estações com os nomes iguais quando eu vejo que o tiozinho que estava sentado atrás não tirava a fuça do nosso livro. Aí eu virei para ele e falei: quer olhar, olha! E ele começou a apontar e falar. Porque eu desenvolvi um método aqui na China, sabe? Eles olham para a minha cara e me perguntam coisas em chinês e eu respondo em português. Eles não são razoáveis, também não vou ser. Eu sei que o tiozinho no fim falou que a gente tinha que descer não sei onde e foi o que fizemos e lá já tinha vários outros tiozinhos com um folheto da muralha na mão ávidos pelo nosso dinheirinho. Eu fiquei morrendo de medo, fiquei me imaginando sendo assaltada no meio do nada da China, mas a Carol achou sussa e fomos de carro com ele. No fim o tiozinho era super gente boa, dentro dos limites do possível né, pessoal? Outra coisa que foi super ultra legal é que você sobe por um teleférico e dá aquele medinho e tal mas para descer OU você anda uma hora e meia de sobe e desce escada pela muralha ou desce por um tobogã com uns carrinhos, que foi o ponto alto do meu dia! Pegava a maior velocidade e a gente ia controlando com um freio, foi demais! Nisso já era de tarde e a gente não tinha almoçado, a Carol não tinha nem tomado café e eu tava achando que a bicha ia desfalecer, aí meio que entramos em um restaurante chinês perto do hostel por falta de opção melhor. A Carol sempre falava que a comida chinesa era ruim e eu falando que ela era implicante mas depois desse lugar eu aprendi a lição. É bem estranho mesmo. É um bom treino para Índia, como eu sempre digo a mim mesma.

terça-feira, 3 de julho de 2012

Choques Eletro-culturais

Cheguei em Beijing depois de um voo sofrido de 24 horas aolado de um chinês peidorrento (eu juro) e quase achar que eu ia morar noaeroporto, pois a Carol não estava achando onde eu estava e eu já estava lá, meperguntando o que eu ia fazer sem saber nem o nome do nosso hostel, nem comosairia de lá. Aí eu achei que merecia uma comida bem ocidental depois da comidahorrorosa do avião e fui no Starbucks!  Enfim, ela chegou linda e loira e me salvou.Ela já esta na China há 4 meses e me disse que é normalzérrimo essa peidação toda.Alias, é aí que começam os choques:
Os chineses escarram e cospem loucamente, em qualquer lugar. Até aí tranquiloaté que eu estava vendo as fotos da Carol, que não é uma pessoa exatamenteapaixonada por crianças e vi uma foto de uma criancinha. Eu perguntei por que eela me mostrou como as crianças chinesas são vestidas, a roupa tem um rasgo nabunda. As crianças são livres para fazerem todas suas necessidades como bem entenderem (eu tinha uma foto para mostrar mas nao está carregando)

Aí estamos andando na rua e uma criancinha tava lá bem tranquila fazendo seucocozinho num papelão na calçada! Eu não sei se falando assim ficaclaro que isso é meio chocante... Parece uns cachorrinhos.  O bom é que eles estão cagando, literalmente.Ninguém está nem aí para nada. NADA! É um país mico-free! Estou com vontade decontinuar usando o travesseiro de pescoço do avião eu uso! O cara quer usar umasombrinha rosa bordada de pedrinhas tá ok. Excursão? Vamos todos com o mesmo chapéu!A gente namora? Então vamos sair de camisetas iguais! É tudo uma ótima ideia!
Fora que aquela historia de que é recomendável você chegar em um pais eaprender a falar por favor e com licença? Aqui na China você não precisa sepreocupar, olha que bom! O povo não usa mesmo... Para entrar no trem é cadaparece que soltaram uma boiada, vai todo mundo embolando para dentro e parafora, mas no final tudo dá certo.